Momentos Matcha: degustação e formação sobre chá verde japonês

Na cultura nipónica o chá proporciona momentos preciosos, de encontro e de partilha. “Momentos Matcha” é uma iniciativa do projeto cultural Um longo Verão no Japão © através da qual poderá conhecer as tradições do Japão em relação ao consumo do chá, bem como os seus aspetos nutricionais. Veja os vídeos “Momentos Matcha” (neste canal do youtube) ou participe nas sessões de formação e degustação, a partir de Fevereiro de 2015 na Casa das Artes, em Coimbra.

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Próxima sessão: 13 de Fevereiro, sábado, a partir das 16h, na Casa das Artes ( Av. Sá da Bandeira, 83, Coimbra )

A pré-inscrição é obrigatória. Envie email para umlongoveraonojapao@gmail.com com o seu primeiro e último nome.

A participação tem o custo de 10 euros por pessoa. Este é um projecto cultural sem fins lucrativos, pelo que este valor cobre os custos dos ingredientes, bebidas e alimentos consumidos. Incluí:

1) o consumo de pelo menos três tipos de chás diferentes, todos eles de alta qualidade e importados especialmente do Japão, sendo um deles o matcha – chá verde em pó usado na Cerimónia do Chá;
2) o consumo de pelo menos dois tipos diferentes de “wagashi” (doces tradicionais de acompanhamento à Cerimónia do Chá);
3) informação sobre receitas nas quais se pode usar o matcha (na preparação de alimentos), e provas desses mesmos alimentos;
4) entrega de informação escrita, criada pela autora para esta sessão e não disponível noutros formatos ou fora desta sessão;
5) formação e acompanhamento na degustação, incluíndo informações sobre como preparar o chá adequadamente;
6) um documentário (vídeo), criado pela autora e exclusivo desta formação.

 

Fotografias do Japão

Eu levo as imagens a sério. Não só porque a minha formação de base é história da arte, mas também porque tenho tido a sorte de expor as minhas próprias fotografias do Japão e até de publicar algumas. Por isso procuro sempre avisar alunos e outras pessoas com as quais o meu trabalho se cruze da necessidade de ter em conta os direitos dos autores e dos editores, sejam eles amadores ou profissionais. Todas as imagens, publicadas em redes sociais, sites, blogues ou qualquer outro suporte, existem porque uma pessoa as criou. Já tive alunos que, candidamente, usaram imagens que não eram suas em cartazes, em apresentações de vídeo que depois colocaram na internet, e isso não seria um problema se fossem imagens que se podiam de facto usar livremente. Mas lá porque uma imagem aparece no motor de busca do google isso não quer dizer que seja para qualquer um se apropriar sem sequer informar quem é o seu autor ou de onde foi buscá-la!

Para quem gosta da cultura japonesa ou simplesmente precisa de usar imagens sobre a mesma, recomendo duas maneiras de o fazerem. A primeira é usarem as opções de busca do próprio google, seleccionando não só as palavras associadas às imagens mas também que querem os resultados filtrados pela licença de “uso com alterações”. Deste modo irão obter muitas opções (conforme as palavras de pesquisa que introduziram) mas estará salvaguardado que não se apresentam as imagens que, devido aos direitos do seu autor, não podem mesmo usar-se ou partilhar-se sem pagar direitos. No exemplo em baixo mostro o processo de busca de uma imagem para o tema “Chanoyu” (Cerimónia do chá).

instruções busca de imagensAs imagens obtidas através deste método garantem a quem as usa que não está a cometer uma infracção legal, mas ainda assim é preciso saber como apresentar a autoria e a fonte. Na sua maioria são imagens que estão incluídas em artigos da Wikipédia, pois nesta usa-se o registo Creative Commons (CC), no qual uma imagem pode ser usada livremente desde que seja para propósitos pedagógicos e culturais sem fins lucrativos Por exemplo, tenha-se em conta a primeira imagem que me apareceu ao fazer esta busca. Ao clicar nessa imagem fico com uma versão isolada da mesma, ao lado da qual se surge a hipótese de abrir a imagem numa nova janela ou de ir para a página onde esta se encontra. Devem ir para a página onde a imagem está publicada para tentar perceber como podem indicar o autor e a fonte.

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De acordo com a descrição da imagem, trata-se de uma reprodução de uma pintura japonesa, a qual surge num livro. A pessoa que fez a digitalização da imagem para a introduzir na Wikipédia também está identificada, mas nem esta pessoa nem a Wikipédia detêm direitos sobre esta imagem. A imagem pode ser legendada “Reprodução de Pintura”, e nesse caso deve indicar-se a fonte ( Piccola enciclopedia del tè- Kitti Cha Sangmanee, Milano, 2001) o autor da pintura (Toshikata) e o local onde a mesma se encontra exposta ou guardada (Museu Victoria & Albert, Londres). Mas, para ser ainda mais correcto, quem usa a imagem deverá verificar se nem o autor nem a instituição que possui a obra original reclamam direitos também sobre as suas reproduções (o que não é raro).

Um outro método para encontrar imagens é servir-se de uma base de dados que já tem filtros seguros sobre os direitos de uso das mesmas. O site em baixo é um dos exemplos. Trata-se de um site intitulado “All free download” mas mesmo assim é preciso filtrar a pesquisa e ter em atenção que não se está a escolher uma imagens que foi colocada entre os resultados como forma de publicidade a outro site ou outro banco de dados. Na minha pesquisa usei apenas o termo “Japan”, e obtive imagens fabulosas. Ao seleccionar qualquer uma delas irá aparecer a informação do local, autor, data da fotografia, características técnicas da câmara, etc. Esses dados devem ser apresentados quando se faz uso de uma imagem, bem como o website, o termo de pesquisa e a data da consulta.

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No caso desta imagem (em cima), temos a indicação do autor com um link. Ao seguir esse link vamos para a página deste autor (ver em baixo) noutro site.

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Ficamos portanto a saber que o autor se chama David Mark, uma informação que não aparecia no site “All free download” mas que é importante para o creditar devidamente.

Aqui estão alguns dos resultados da pesquisa em http://all-free-download.com/free-photos/japan.html (sugestão: vão ao site ver as especificações e treinar a busca de informação para creditar os seus autores).

 

 

 

 

Vila do Bispo: Portugal à porta do Japão

A relação diplomática entre Portugal e o Japão tem muitas camadas. Seguramente existem os protocolos a nível nacional e os acordos políticos ratificados pelos respectivos governos, mas na verdade existe também uma fortíssima dimensão de relações internacionais mais “informais”, que tem o nome de “diplomacia pessoa-a-pessoa”. Um dos temas que me tem ocupado nos últimos anos é precisamente um modo de estabelecimento de relações para-diplomáticas (diplomáticas mas não só) entre as cidades geminadas. Os acordos de geminação não são o mais importante nesta questão, mas sim o modo como cada uma dessas geminações é um caso específico, com uma história própria e com relações mais ou menos fortes entre as pessoas e as instituições envolvidas.

Recentemente fui convidada para fazer consultoria para um projecto mesmo interessante – mas do qual não posso revelar muito por enquanto – que tem como espaço preferencial de execução um sítio muito especial em Portugal: Vila do Bispo. Para quem não sabe, Vila do Bispo é sede de município e está, desde 1993, geminada com Nishinoomote, a capital da ilha Tanegashima, que foi o primeiro ponto de contacto (oficialmente reconhecido) entre Portugal e o Japão, íamos então pelo ano de 1543.

Vila do Bispo está a um pulinho de Sagres e num ponto geográfico do país no qual se faz a transição entre a costa vicentina e a costa sul do Algarve propriamente dito (com a pressão turística e a descaracterização paisagística que se conhece). Para além disso, Vila do Bispo está bem dentro de um Parque Natural, o que de certo modo lhe dá condições privilegiadas para certas actividades, como por exemplo a observação de todo o tipo de animais, os percursos pedestres, os desportos de natureza e de mar, a apanha de marisco e peixe, etc.

Na minha opinião, e depois destes anos todos de contacto com Tanegashima e a sua população, parece-me que a geminação entre Vila do Bispo e Nishinoomote tem muito por onde se desenvolver! Vamos ver se conseguimos que o projecto que desenhámos se realize…

Entretanto deixo-vos algumas fotografias da minha última deslocação a Vila do Bispo (para uma reunião que tive na Câmara Municipal), incluindo a bela “Praça de Tanegashima” mesmo em frente à Câmara, e ainda o percurso do Castelejo. Evidentemente, aproveitei para fazer “reconhecimento”, que é na prática andar o mais possível por um lugar, experimentar tudo o que tem para oferecer e falar com as pessoas, para fazer um diagnóstico das suas potenciais linhas de desenvolvimento com um parceiro específico, que neste caso é a vila japonesa com a qual está geminada.

Nota: estas fotografias são da autoria de Inês Carvalho Matos; não podem ser usadas no todo ou em parte, com ou sem modificação, em nenhum tipo de suporte físico ou virtual, sem que sejam negociados com a autora os direitos de cedência das imagens.

 

Degustação de chás do Japão

Prova de chás do Japão, acompanhados de uma selecção de doces e salgados criteriosamente escolhidos para favorecer a experiência da degustação, adaptados a cada um dos tipos de chás, frios ou quentes.

Os chás são importados do Japão e são servidos com o extra de uma explicação sobre os seus usos e propriedades nutricionais na gastronomia do país do sol nascente. Por Inês Carvalho Matos, investigadora em Estudos Japoneses e autora do projecto cultural “Um longo Verão no Japão”.

A prova de chás é gratuita. Dia 11 de Dezembro a partir das 18.30h, na Casa das Artes, em Coimbra. Localização: Avenida Sá da Bandeira, nº 83.

Consulte a folha de sala deste evento (PDF): degustação chá do japao – 11 dez 2015 – casa das artes

Chás disponíveis para degustação gratuita: mugicha (cevada) quente e frio, sensha, matcha iri sensha, genmaicha.

Os alimentos, doces e salgados, estarão disponíveis na cozinha da Casa das Artes, sendo indicado exactamente qual o acompanhamento ideal para cada chá.

Aqui pode aceder à “Viral Agenda”, com um link seguro que pode partilhar livremente por email ou através das redes sociais.