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Desde o início deste ano que tenho estado a montar um mini-curso de kanji que é muito diferente no habitual. E agora, fruto da parceria com a Casa das Artes da Fundação Bissaya Barreto, já é possível!
Na minha aprendizagem de língua japonesa sempre senti a falta de uma orientação temática dos conteúdos, e sobretudo de um sistema que privilegiasse a parte prática. Para mim a aprendizagem é um processo visual, e a caligrafia é uma parte muito importante para a memorização do significado, forma e fonética de cada kanji. Para além disso, verifiquei que o kanji é uma porta aberta para a filosofia, para aquilo que se pode chamar a “niponidade”, de tal modo que até no Japão é ensinada como tal. Mas se um estrangeiro tem interesse por esses conteúdos não sendo proficiente em língua japonesa o universo da caligrafia está-lhe vedado! Ora eu não acho isso bem… Por isso meti mãos à obra para criar um curso que ensina a caligrafia com todo o rigor e arte, mas ao mesmo tempo é acessível a todos, com ou sem conhecimento de língua japonesa, e ao mesmo tempo dar-lhe a dimensão de um workshop ligeiro, o tipo de coisa que uma pessoa quer fazer para “arejar a cabeça”.
Desde este mês que os workshops de kanji estão aí, sendo a primeira série dedicada aos provérbios japoneses. Como a sessão do passado dia 11 correu tão bem e todos manifestaram vontade de continuar e de alargar o programa, vou fazer mais datas e mais conteúdos. Assim, mesmo quem não se conseguiu inscrever neste poderá fazer os próximos.
Não vos posso deixar espreitar a sala e o que lá fazemos, mas partilho aqui um dos vídeos. Este vídeo é um dos vários que realizei em exclusivo para este programa. Na sala onde decorre o workshop o vídeo é apresentado e comentado, servindo de modelo para os exercícios dos participantes na sessão.
Para consultarem as datas dos próximos workshops escrevam para umlongoveraonojapao@gmail.com, sigam-me no Google+, visitem a página do “Um longo Verão no Japão” no facebook ou então contactem a Casa das Artes da Fundação Bissaya Barreto.
A Mostra Nacional de Banda Desenhada trouxe a Coimbra o mundo da BD, da animação e do cosplay. Aproveitando a oportunidade para ficar a conhecer melhor quem se dedica a esta arte fui visitar a Mostra munida de câmara e tive a sorte de encontrar os cosplayers mais simpáticos do mundo!
Veja a primeira parte das entrevistas aqui. A segunda parte está aqui. E em breve irei publicar mais!
A revista Cabo dos Trabalhos, publicação do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, acaba de lançar o seu 12º número. Neste volume foi incluído o meu estudo sobre a evolução do conceito de património cultural imaterial e os casos de estudo japoneses: Imaterialidades Patrimonializadas – um percurso.
Pode ler o artigo completo aqui.
Com a xenofobia não se brinca !
Ou brinca?
Por mais dramática e revoltante que seja a xenofobia, do ponto de vista das ciências sociais e com uma frieza absoluta poderíamos dizer que ela serve um propósito: o de mostrar que o diferente é diferente e que nenhuma racionalização da diferença o desmente. Dito isto, só com muita inteligência é que se consegue apresentar a xenofobia pelo prisma do cómico, sem cair no ridículo nem no demagogo. Os livros da série “Xenophobe’s Guide” conseguem fazer isso, nem eu sei muito bem como, mas conseguem. A verdade é que uma pessoa – em bom falar – se “parte a rir” ao lê-los.
Mas são necessárias explicações adicionais. Afinal, o que é o “Xenophobe’s Guide”? Trata-se de uma série de livros de pequena dimensão (cabem no bolso mesmo), escritos por um colectivo de pessoas no qual algumas são do próprio país ao qual o livro se refere e outras são estrangeiros que lá viveram, e que apresenta os traços mais “típicos” com um tom eventualmente xenófobo – enfatizando a diferença – mas nunca sendo uma coisa falsa, exagerada ao ponto de ser insultuosa e muito menos desinformada.
Se existem traços de um país ou nacionalidade mais honrados, dignos, eufóricos, belos e etc, seguramente também existem os traços irritantes, absurdos, tontos, com os quais tanto os nacionais como os estrangeiros não podem mesmo. Aquelas coisas que nos tiram do sério, que todos os povos e países têm, e que em boa verdade gostaríamos de nos livrar mas não conseguimos. Essa é a perspectiva desta série de livrinhos poderosos. Tudo regado de bom-humor, numa escrita que é quase oralidade de confessionário.
Digo “poderosos” porque eles informam mesmo, pelo menos no que diz respeito ao que trata do Japão e dos japoneses. Sem problema o recomendo, especialmente se forem apaixonados pelo Japão sem terem lá estado ou se vão para lá para estudar ou trabalhar pela primeira vez. Uma pessoa que fantasie com o Japão só pelos seus traços positivos pode beneficiar e muito com a maneira bem-humorada com a qual este livro lhe desmonta a fantasia, preparando-o para a realidade que vai encontrar.
Depois deste livro fiquei curiosa de ir ver o que diz o que trata de Portugal e dos Portugueses. E aposto que me vou rir também, e suspirar às vezes…
Tílulo:
Xenophobe’s Guide to the Japanese: a frank and funny look at what makes the Japanese JAPANESE
(não conheço uma edição em português)
Autores:
Sahoko Kaji, Professora Universitária na área da Economia
Noriko Hama, Professora Universitária e Economista, Consultora dos media japoneses em assuntos de Ciências Sociais e relação Japão – Ocidente
Jonathan Rice, Consultor de Relações Internacionais para Empresas Multinacionais no Japão, tendo feito a sua educação no Japão
Robert Ainsley, Músico, Escritor, Ciclista, tendo vivido no Japão parte da sua vida
Algumas citações:
“Television programmes and fashion magazines are followed ardently for advice on which burando (brand) is the trend this season. Forget originality and uniqueness. In Japan everybody wants to be different from everybody else in exactly the same way.”
“The Japanese are not good at having a good time without a purpose. They would rather not do watever it is, if they have to do it in a leisurely fashion.”
(About Travel & Tourism) “When they go, they equip themselves with books and magazines, which tell them where to stay, where to shop, what to eat and what to see. The Japanese are really fond of instructions.”
“19th century missionaries to Japan apparently believed the language to be the devil’s invention for preventing them of doing their work. Modern day students of the language, whether Japanese or foreigh, often feel the same way.”