Nasu Onsen – exclusivo Novembro 2021

Nasu Onsen, um centro de termas naturais localizado nas montanhas de Tochigi, já nos despertava o interesse há muito tempo, mas ainda não tínhamos tido a possibilidade de assegurar uma passagem por lá. Contudo, finalmente, este ano conseguimos aceder ao competitivo mercado de leilões de vagas, o que atesta bem a popularidade e qualidade desta Onsen!

Ao longo de todo o ano, as águas vulcânicas e a natureza luxuriante da floresta abençoam o corpo e alma de quem ali se banha. Nas onsen, quem entra cansado sai restaurado das suas forças, quem entra mal-disposto sai com ânimo e optimismo. Esta é a cultura tradicional do Japão.

Todos os anos, depois do Ano Novo Lunar (que este ano foi a 12 de Fevereiro) e antes do fim de Março, faz-se a primeira fase de leilões para as Onsen de maior prestígio, apenas para consultores pré-selecionados pelas organizações que regulam o sector, de modo a assegurar que a maior percentagem de estadias é atribuída a visitantes que sabem comportar-se nestes ryokans e que realmente desfrutam da cultura tradicional japonesa. As vagas para Novembro são as mais cobiçadas, e portanto mais difíceis de conseguir. Mas, este ano, tomámos a iniciativa de tentar, com o objectivo de recompensar aqueles/as que nos seguem, levando-os/as às termas mais antigas do país do sol nascente. Com efeito, Nasu Onsen, praticamente um enclave nas montanhas, já era famoso pelas propriedades das águas termais no século VIII, pelo que o seu uso regular por monges budistas e outros líderes espirituais deverá ser muito mais antigo. Inicialmente as águas quentes de origem vulcânica eram consideradas sagradas, com a propriedade de “aliviar” as possessões demoníacas que afligiam as pessoas e que se manifestavam na forma de dores e outras enfermidades. Depois, as onsen tornaram-se populares entre viajantes, e por maioria de razão ali naquela zona, porque tem estradas de montanha (caminhos de pé posto e para bestas de carga). E, por fim, na “idade média” do Japão, as onsen já eram um dado adquirido na vida de qualquer pessoa, pese embora o acesso aos ryokans ficasse limitado a quem os podia pagar. Com o período Edo, e a regulamentação da propriedade do solo e do edificado, estabeleceram-se as “dinastias” familiares de exploração dos ryokans com onsen. Em poucos anos deixaram de existir onsens “selvagens” e todas passaram a ser exploradas por estabelecimentos regulados, nos quais se oferecia também estadia e refeições. A maior parte dos ryokans do Japão que têm onsen vulcânicas naturais nas suas propriedades conseguem fazer recuar ao período Edo a sua linhagem familiar.

A tonalidade azulada da água é absolutamente natural e provém dos minerais que saem das profundezas da terra, já que estas termas são de águas vulcânicas. Por isso mesmo, a tonalidade pode mudar ao longo do ano. O contraste entre o azul da água e o vermelho das folhas é muito apreciado no final de Novembro. As folhas de ácer tingem as montanhas de ocres e rubros, e caem suavemente nos lagos vaporosos. Esta é a experiência da sensibilidade japonesa.

Assim, é com muita alegria que anunciamos aqui que temos a possibilidade de integrar 5 sortudos ou sortudas no programa curto de visita ao Japão em Novembro. *

*O programa longo, de 21 dias, pode ser consultado aqui no blog também. O programa curto é de 12 dias. Para ambos os programas só são elegíveis membros do Clube Privado do Projecto Cultural e Pedagógico que tenham aderido antes de Setembro de 2021.

Em seguida vamos apresentar algumas fotos do alojamento que garantimos na Nasu Onsen (há muitos ryokans incríveis nesta zona!). Nesse alojamento poderemos contar com 3 quartos de tamanho grande, cada um deles com duas camas “queen size”. A ocupação de cada quarto deverá ser 2 pessoas apenas. Para um mesmo quarto terão de ser pessoas do mesmo género. Cada um dos quartos tem uma pequena varanda com zona de descanso e vista para o jardim interior do ryokan. No quarto existe wc completo e todas as amenidades. Cada quarto tem acesso directo ao lago interior, natural, de água vulcânica, exclusivo para hóspedes. O acesso a outras onsen, tanto no ryokan como fora, podem estar sujeitos a horários específicos, mas com o acesso directo do quarto não há restrições. O ryokan providencia o pequeno-almoço e o jantar, ambos ao estilo “Washoku” (alta gastronomia tradicional).

A estadia em Nasu Onsen será entre uma terça-feira e uma quinta-feira, pelo que se espera que a região não esteja demasiado apinhada de visitantes, o que habitualmente ocorre aos fins-de-semana. Esta é uma zona onde os próprios japoneses costumam ir às termas e para fazer caminhadas nas montanhas, e o mês de Novembro é o pico da actividade.

Em relação ao resto do programa em que esta experiência está inserida, é um programa focado nos aspectos da cultura tradicional japonesa, com muitos percursos urbanos e de natureza, que começa em Tokyo a 21 de Novembro (saída de Portugal a 20, sábado) e que, depois da passagem por Tochigi, prossegue para Fuji, Kyoto, Nara, e Osaka. Na totalidade, são 12 dias no Japão, com regresso a 2 de Dezembro (quinta). Portanto é o ideal para quem só tiver duas semanas de férias, contando com os últimos 2 dias para recuperar do jet-lag.

Este não é um pacote de turismo, não se trata de venda de viagem e não usamos intermediários nem agências de viagens. Caso seja profissional do sector, queira por favor considerar a sua não elegibilidade para este modelo de visita ao Japão. Aqui no Projecto estamos realmente interessados apenas em proporcionar visitas culturais para os que nos seguem, usufruem dos nossos cursos ou de algum modo estão ligados aos estudos japoneses. A existência de serviços de consultoria neste programa é facultada a custo zero, pelo que o critério de selecção de viajantes é muito restrito. Os profissionais, agências, influencers ou outros que requisitem serviços de consultoria, não beneficiarão das mesmas condições, e terão de se sujeitar ao preçário regular de prestação de serviços.

Estamos ao dispor para esclarecer aqueles que estiverem interessados em saber mais. Para isso basta enviar email para umlongoveraonojapao@gmail.com.

Os dias melhores que virão

O ano de 2020 trouxe-nos muitos desafios, sobretudo para quem, por razões pessoais ou profissionais, foi directamente afectado pela pandemia. Para nós, isso significou fazer um STOP inesperado a vários projectos em curso e aos intercâmbios entre Portugal e o Japão, algo que nos afectou bastante porque levaram muitos anos a consolidar. Mas, felizmente, foi um STOP temporário. Com os planos de contingência em curso, a vacinação a começar e os diversos governos a anunciar a expectativa de reabertura de fronteiras para o Verão, podemos finalmente começar a pensar nos melhores dias que virão. Temos plena consciência que tudo o que esteja ligado a uma circulação intercontinental terá ainda limitações durante os próximos meses e que, mesmo marcando para o futuro, é preciso acautelar a eventualidade de cancelamentos e adiamentos. Aprendemos com 2020 e estamos a aprender com 2021. Escolhemos focar-nos na esperança, sem descurar o realismo, ter em vista a nossa missão, sem esquecer a empatia com as vossas inseguranças (mais do que compreensíveis). Por isso, chegado este momento, apresentamos a versão possível da nossa viagem anual ao Japão para 2021. Este ano, bastante diferente, sendo um recomeço cauteloso às nossas sugestões de imersão nipónica.

Como sempre, os nossos programas de visita ao Japão são experiências de imersão cultural e somos nós que as planeamos e realizamos, sem comprar viagens a agências, sem ter intermediários comerciais, e portanto canalizando o esforço do investimento que os viajantes fazem em experiências concretas, visitas significativas, e serviços com boa relação qualidade-preço. O valor indicado no final é uma estimativa de despesas para os pontos que estão apresentados como parte integrante do programa. Alguns elementos de uma viagem desta natureza, tais como os voos intercontinentais por exemplo, foram considerados pelos seus valores médios e portanto poderão variar se forem adquiridos com menos de 6 meses de antecedência ou se os preçários das companhias aéreas mudarem muito nos próximos tempos.

Este ano introduzimos algumas alterações que nos pareceram de extrema necessidade, como por exemplo o facto de as dormidas serem sempre em quartos privados (single) com WC integrado, sem nenhuma partilha de espaços de descanso ou higiene. Sim, isso torna impossível ter valores tão baixos de alojamento como quando ficávamos em alojamentos partilhados, e também não permite ficar em ryokans onde os vários futons se estendem na mesma divisão de tatami. Mas, por outro lado, proporciona conforto, privacidade, e sobretudo muito menor probabilidade de afectar a saúde de cada um dos viajantes. Igualmente motivados por recomendações de saúde pública, incluímos a obrigatoriedade de um seguro de saúde em viagem (não é só um seguro “de viagem”) e portanto no orçamento de despesa prevista já está esse valor médio. Não têm de o fazer com uma companhia específica, nós recomendamos várias, mas sem prova de seguro feito não se pode incluir na viagem.

Outra modificação considerável em relação ao que era habitual é o facto de o grupo se constituir por 5 pessoas, nem mais nem menos (em vez de 10 como nos anos anteriores). Iremos realizar a viagem se tivermos 5 pessoas que reúnam as condições que se seguem: concordarem com todos os termos do programa e do funcionamento da viagem, serem membros do Clube Privado do Projecto Cultural e Pedagógico, participarem nas acções de formação e preparação anteriores à visita ao Japão e demonstrarem estar aptos para integrar o grupo. Esta não é uma viagem de turismo, e por isso não é por desejarem integrar o programa que iremos admitir uma pessoa. Este ano, mais do que nunca, vamos insistir na necessidade de o potencial viajante demonstrar adequação aos objectivos da experiência e concordância com os termos da sua realização.

Naturalmente, a realização deste programa depende essencialmente de três pontos: o governo do Japão reabrir as suas fronteiras para os estrangeiros com visto de curta duração (no qual se incluí o de turismo), não existir a obrigatoriedade de uma quarentena à chegada, estas duas condições estarem asseguradas até (no máximo) ao mês de Setembro.

O nosso programa de visita ao Japão deste ano começa a 29 de Outubro, com voo a partir de Lisboa. O regresso a Portugal será a 18 de Novembro. Este é um programa de 21 dias!

Os locais de visita serão: Nagasaki, Karatsu, Fukuoka, Osaka, Kyoto, Nara, Fuji, Kamakura, Yokohama e Tokyo.

Ao longo do percurso teremos oportunidade de assistir a um Matsuri (Festival), realizar uma formação sobre Cerimónia do Chá e Doces Wagashi, desfrutar de onsen (termas), ficar uma noite num “capsule-hotel”, fazer caminhadas em florestas coloridas pela folhagem vermelha, passear no sopé do monte Fuji, conhecer ao pormenor o impacto da presença portuguesa no Japão antigo, aprofundar temas já trabalhados nos nossos cursos de Análise Social do Japão Contemporâneo, visitar alguns dos monumentos mais emblemáticos do património cultural japonês e, sempre que possível, beneficiar do contacto próximo com os nossos parceiros (locais). Devido aos temas abordados e às características de esforço físico de alguns dos percursos, consideramos que o mais adequado é que os participantes tenham pelo menos 20 anos de idade e, independentemente da maturidade, se considerem em boa forma física e com grande capacidade de adaptação.

Para uma despesa prevista de cinco mil euros por pessoa, levámos em consideração:

  • o voo internacional de ida e volta;
  • seguro de saúde em viagem;
  • JR pass;
  • wifi;
  • transportes locais e outros;
  • visitas-guiadas/workshops/bilhetes de entrada em atracções;
  • acompanhamento e conteúdos pedagógicos em língua portuguesa durante toda a viagem;
  • alojamento com pequeno-almoço (nem sempre servido no alojamento, mas sempre incluído).

Não está prevista nesta estimativa a despesa das refeições principais (almoço e jantar), as quais serão sempre da escolha de cada um (podemos dar recomendações apenas), bem como as despesas que se façam em “tempos livres” (fora dos tempos de percurso acompanhado), compras, etc.

O primeiro passo para poder desfrutar desta oportunidade de mergulhar nos Estudos Japoneses in situ e conhecer o Japão real, num programa de visita de estudo e lazer, é juntar-se ao Clube Privado do Projecto Cultural e Pedagógico Japão e Portugal. Terá ao seu dispor todas as orientações necessárias para reserva de voos e demais serviços, directamente na sua origem, sem intermediários e sem qualquer tarifa pelos serviços de consultoria personalizada para o planeamento de viagem (que são dados a título gratuito por via do Projecto Cultural e Pedagógico). Por uma questão de eficiência logística, os alojamentos e algumas outras marcações e reservas serão mesmo feitas por nós.

Já sabe, pode contactar-nos por email: umlongoveraonojapao@gmail.com ; ou através da nossa página de facebook, em nome do Projecto Cultural e Pedagógico Japão & Portugal.

Cuidar do Planeta

Neste blog pode encontrar muitas informações úteis sobre o cultura japonesa, sobre a relação entre Portugal e o Japão, e sobre como planear visitar o Japão e desfrutar do seu tempo por lá. Mas uma coisa que ainda não tinha era uma janela sobre as preocupações mais ecológicas que a prática de viagens internacionais implica. Com efeito, desde que em 2013 começámos a actividade de consultoria para viagens e aumentando também cada vez mais a quantidade de viagens que fazemos entre o Japão e Portugal, tornou-se óbvio que era necessário ter em conta a quantidade de CO2 que essas viagens de avião estavam a produzir.

Este é o único planeta que temos, e já ninguém pode ficar indiferente ou evocar desconhecimento sobre a emergência da situação climática. Por isso vamos fazer aqui uma sugestão: compensar os danos causados pelas viagens de avião através de programas de preservação da floresta.

Todas as iniciativas para combater o aquecimento global e a poluição nas suas várias formas são boas, mas a nossa pesquisa mostrou-nos que um dos métodos mais eficientes é a preservação de florestas adultas, criando reservas naturais da biodiversidade, as quais vão capturar o CO2 e produzir muitos outros efeitos benéficos para o clima e para a vida social das populações que delas usufruem.

No vídeo que se segue podem ver a conversa que tivemos com o Manuel Malva sobre este e outros assuntos, num dia em que fomos visitar aquela que será a primeira Reserva da MilVoz – Associação de Protecção e Conservação da Natureza.

          ———————>            CLIQUE AQUI para ver o vídeo

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Depois desta conversa no parque de merendas junto à Capela da N. Sra da Alegria, perto de Almalaguês (que é o ponto de acesso ao terreno da Reserva), prosseguimos para a visita guiada propriamente dita.

______—————–>  CLIQUE AQUI para ver o segundo vídeo

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Ficaram interessados? Esperamos que sim! A MilVoz precisa de adquirir este e outros terrenos para sua preservação, manutenção e preparação para um projecto educativo. Aqui poderá nascer o espaço de educação ambiental para as próximas gerações!

Se puderem ajudar, mesmo que não seja com donativos, entrem em contacto com a Associação através do email milvoznatureza@gmail.com.

Podem seguir a página de facebook da MilVoz AQUI.

 

Explorar Tokyo sem explorar a carteira

Continuamos a publicar dicas de viagem!

Desta vez através do nosso parceiro: o site japantravel.

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Chegar a Tóquio é, para muitos, nada menos que a concretização de um sonho. Talvez alguns nem se atrevam a realizar esse sonho porque se assustam com os preços praticados no Japão. Sim, com efeito pode gastar-se facilmente o que se tem e o que não se tem por estas bandas… mas não tem obrigatoriamente de ser assim, especialmente se está disposto a fazer concessões.

Neste artigo vou dar-lhe recomendações para desfrutar de um dia em Tóquio tendo como critério manter os gastos no mínimo. Contudo, há uma coisa que não se compromete: a autenticidade da experiência!

(…)

Leia o artigo completo AQUI.