Os jovens recém licenciados no Japão também enfrentam problemas como estágios de escravatura, formações profissionais extras que nunca mais acabam, precariedade (no sentido em que os contratos já não são seguros e os primeiros anos de salário nem chegam para sair de casa dos pais), e claro, desemprego. Mas, nesse panorama, uma conclusão a que alguns japoneses e também estrangeiros residentes no Japão já chegaram foi o seguinte: o crescimento da economia não pode fazer-se enquanto continuarem a ignorar o campo das ciências sociais e humanas, o da arte e o da cultura.
Em Portugal ainda nem sequer se chegou a essa conclusão… Eu (e uns poucos) andamos a “pregar aos peixes”…
No Japão praticamente não há “tradição” de estudos artísticos de cariz humanista e filosófico, a antropologia é um “alien” e a filosofia é “exótica”. A nação que deu ao mundo pérolas de cultura como a Cerimónia do Chá e a poesia Haiku menosprezou a sua própria fonte de vida.
E por aqui, vamos repetir o mesmo erro?
Leiam este artigo no Japan Times que vale mesmo a pena.